terça-feira, novembro 08, 2005

Fim de Mundismo

Burros motivados / guias cegos há em resmas, principalmente nos noticiários e jornais. Outros mais estranhos fazem profecias como se o futuro fosse questão fechada, e o buraco da agulha não fosse só uma metáfora.

Febre Maculosa. Sem querer me perder em tecnicalidades, na minúcia dos fatos, ou diminuir a tragédia pessoal de quem faleceu por causa disto, pois não sou especialista no assunto e nem pretendo ser o mais bem informado neste caso. O que quero é tirar uma foto de grande angular deste assunto e pintar uma visão geral para usar este caso como argumento p/ a mentalidade fim de mundista que vivemos.

Aqui em minha cidade, Petrópolis, morreram 2 turistas de febre maculosa, transmitida por carrapato. Outro passou mal, mas parece que se salvou. Isso foi na pousada Capim Limão, amplamente fotografada, Pousada esta que dizem localmente passar por uma disputa de posse entre o dono anterior e o atual (ou seja – já um lugar de conflito por outras razões). A noticia da doença nos jornais foi divulgadissima, incitando uma histeria com conseqüências que estão afetando amplamente a economia local. Curiosamente nenhum morador local, os que estão provavelmente mais expostos à doença, ate o momento contraiu ou morreu desta – só turistas de fora da cidade – o que é no mínimo um fato notável. O laudo do Instituto Osvaldo Cruz demora 45 dias, o bastante para os jornais perderem o interesse no assunto, até por que a réplica é sempre menos interessante que a primeira noticia – um amigo especialista em microbiologia diz que esse parecer (ou o teste que embasa o parecer) poderia ser feito em 8 horas.

Resultado - Cancelamento em massa das reservas até o fim do ano, Itaipava (região de Petrópolis mais visitada pelos turistas e dependente deste comércio) vazia e comércios que já estavam por um fio fechando as portas, apatia total da prefeitura. Uma pousada próxima donde moro para começar a se preparar para o pior já demitiu 16 do staff. Houve até um caso de gente que já hospedada deixou a pousada, abandonando sua reserva no meio. Até uma festinha dum amigo de meu filho de 5 anosl sofreu, muitos convidados que vinham do Rio não vieram p/ a tal festinha com medo do carrapato assassino... Um Fim de Mundo particular na Região Serrana

Sem querer diminuir da gravidade das noticias, pois é claro que temos que estar informados, atentos e etc, ainda assim é incrivel a mentalidade de fim de mundo que estamos vivendo, o tom que tinge tantas de nossas interações. Gripe das aves (até galo morto recebe honras de Chefe de Estado pelos noticiários), Carrapatos assassinos, Bush e BinLaden, As conspirações mais absurdas atribuídas ao Governo Americano (e bem podem ser verdadeiras), a decepção com Lula e seu governo, os caras pirando em Paris quebrando tudo, e os coitados sofrendo (de verdade) na Caxemira, não sei quantos tufões furacoes e ventos encanados (tem gente até dizendo que a Yakuza – vejam só quem – controla com uns russos renegados uma máquina que controla o clima). Tsunami...

Mas os Burros Motivados da mídia nem entendem suas motivações (e por isso "burros") ou a sua programação mental de potencializar a ansiedade em nome da "verdade objetiva", ou de alertar as massas ignorantes (serviço publico!) até que algo se exploda. No caso do exemplo em questão a economia já precária desta cidade. Com a lente do exagero que estão fazendo da noticia daqui (por mais fatos que se arrolem, estes ainda não caracterizam a pandemia que alardeiam, nem facultam a histeria que está havendo) penso por isso o que não farão com as outras noticias. A imprensa cumpre um papel importante, mas parece que por causa de seu aspecto comercial, sempre precisa de fatos mais alarmantes, o que gera uma curva ascendente em que a "noticia final" tem que ser - "Explodiu Tudo". E se a gente cria a realidade a partir de nossas expectativas e projeções, está bem quem segue estes guias cegos.

Tem é claro tambem o Guru apocalíptico e visionário ou a santa freirinha reprimida que ficam tão mais poderosos com o Paizão por traz, trazendo o julgamento de todos os que não estão em sintonia com sua visão. Libidos raivosas e explosivas. O Jesuíta Trigueirinho explodiria o Mundo para levar os 10 milhoes de eleitos a Miz Tli Tlan; E vem o Planeta Chupão; e aquele outro; e vem cometa. No caldo e na geléia geral tem tantos muçulmanos (e isso é uma generalização – me desculpem) que não conseguem dar umazinha só, pois se já não gostam de mulher (tadinhos) as poucas que restam estão debaixo do tacão dos que podem pagar seu harém, os solitários do regimento só podem sonhar com as virgens do paraíso – com suas libidos a mil no livro do profeta, distorcem a mensagem, e acham melhor explodir essa joça pra cair logo na festa. O imperialismo Cruzado dos nossos amigos de cima tambem não ajuda – resolveram organizar o mundo, e quem vai dizer que não – e o Bin bada deu a deixa, tão bem treinado pela Cia que foi – para que comecem os trabalhos. Ah Saddam, e como você foi útil. Quem é que pode entender a teia de interesses e motivações? Mas todas elas são finalistas, ou vai ou racha.

Acho até que o pega pra capar alucinado, a sanha corrosiva dos nossos irmãos e filhos, de-puta-dos brasileiros, não é sinal senão da ansiedade de mentes mais instintivas e básicas provocada pelo anunciado advento do fim dos tempos – Bota pra quebrá Dirceu, me dá o meu, que vai tudo pegar fogo mesmo – disse o capetado, oops, de-puta-do. Involução, Evolução, e Caos no meio.

Como olhar através da nevoa do Baktun, do tal do raio cósmico; e suportar as explosões solares que mexem com nossos neurônios e nos fazem mais agressivos, ou iluminados, a depender do grau evolutivo do cliente. 2012 está ai, até no tratado de Kioto.

Pra onde a gente disca para abrir um túnel, um portal protegido para passar por esta loucura toda? Nestas horas (antes e depois de 11:11) gosto da tranqüilidade positiva do Waldo Vieira, que fala de Reurbanização ao invés de fim do mundo. Ou de qualquer visão calcada na eternidade, permanência, bom senso, aceitação, tranqüilidade e Amor.

É possível, e isso é o que eu creio, que essa dissolução pela qual parece estarmos passando seja parte de um plano de esferas mais avançadas, ou do conjunto de influencias de todas as consciências investidas na Terra. Uma Gestalt de Agendas dentro de Agendas dentro de Agendas dum lado, e um bando de gente desconectada e des-informada pela mídia de outro. Pode ser que seja um movimento natural das consciências e das realidades quando estas precisam sair de casulos que já estão muito restritivos. Os fatores aglutinadores de nosso “mundo real” ainda são misteriosos para nós. Uma noção que estamos começando a explorar é se (ou quais) as regras que seguimos são leis de Deus, ou se são imposições arbitrarias e consensuais (setups), escolhidas em algum nível de nossas consciências, e que servem apenas para delimitar e focalizar o nosso campo de jogo. Provavelmente a exploração destas novas avenidas de criação de realidade é o que está causando o rompimento e a dissolução dessa nossa realidade restritiva. Para ampliá-la e nos permitir espaços aonde nossos vôos possam ser ainda mais amplos, e recursos mais eternos.

Não obstante, se os terremotos vem, é melhor estar sintonizado, assim como estão as bestas selvagens, para na hora certa subir o morro ou fazer o que tem que ser feito. Vale a pena salvar nossa existência física, e reurbanizar nossa consciencia. Noé deve ter sido um cara muito atento e ligado à vida pra escapar do dilúvio, e muito pratico e trabalhador pra fazer uma arca daquele tamanhão, e ter muito amor pra tentar salvar o que pode, e muito desapego para deixar para traz o que não tinha jeito (tambem o cara sabia de tudo, tinha 900 anos e falava com Deus). Sei lá se são julgamentos de Deus, no meu credo acho que ele colocou a vitrola pra rodar pra tocar todas as músicas possíveis. Acho que é antropomorfia de valores dizer que Deus nos julga, o que nos foi dado é bom senso e inteligência, e algum instinto de preservação, para ver se vamos dar com a cara na parede de concreto e fazer algo a respeito. Acho que Deus, se diz alguma coisa, ele diz – “Bom meu filho se dar com a cara na parede de concreto é o seu barato vai fundo, tá liberado! “

segunda-feira, setembro 05, 2005

Manus Brazilis

Eu vi um par de mãos vermelhas, como aço em brasa numa noite escura
I saw a pair of red hands, like blazing iron in a dark night
Podiam ser as mãos dum Cardeal
They could be a Cardinal’s Hands
Podiam ser as mãos do Diabo
They could be the Devil’s
Podiam ser as minhas mãos desejosas
They could be my own, lustful hands
Rubras
Blazing
Indiferentes ao que incineravam em busca do que queriam
Uncaring for what they incinerated in search for what they wanted

Ouvi um tambor rufando, ouvi vários tambores
I heard a drum beating, i heard many drums beating
Podiam ser uma orquestra
They could be an orchestra
Ou atabaques rufando guerra e ataque
Or they could be drums announcing war and attack
Podiam ser loucos boiando num mar de ruído
It could be people insane floating in a sea of noise
Batendo em latas vazias se imaginando maestros
Beating empty cans, imagining they were maestros

Senti o meu peito queimando

I felt my chest burning
Podia ser fome, ou meu coração falhando
It could be hunger, or my heart failing
Podia ser todas as coisas ali guardadas
It could be all things kept there
Tingidas de apreensão e medo
Tinged with fear and aprehension
Numa reação morna e lenta corroendo a Esperança
In a warm and slow reaction corroding Hope

Minha fé entornada num mundo sem propósito
My faith spilled in a world without purpose
Me levava junto dela a um mar de esquecimento
Was taking me with it to a sea of forgetfulness
Aonde eu queria me perder
Where i wanted to get lost
Minha fé perdida num mundo sem sentido
My faith lost in a world that made no sense
Buscava retornar a fonte única
Tried to return to the only source
Eu custava a entender
I was slow to understand
Minha fé quieta assentada nas estrelas
My faith quietly sitting amongst the stars
Espalhada no Universo
Spread throughout the Universe
Mostrava a dimensão e importância dos fatos
Showed the dimension and importance of facts
Dos desejos rubros
Of burning desires
Das decorações tolas e passageiras
Of foolish and short lived decorations
Dos cenários
Of sceneries
E dos significados
And of Meanings

Então quando eu me sentei na sua frente
Then, when i sat in front of you
Eu não sabia mais o meu nome, nem o seu nome
I did not know my name anymore, or your name
Nem sabia mais dar nome e destino a todas as coisas
Nor I could name and give destiny to all things
Nem podia negar como me deixavam confuso as vozes caóticas dum mundo perdido
Nor I could deny how confused the caotic voices of a lost world left me
Nem conseguia ver horizonte em meio aos atos diários
Nor I could see the horizon between daily acts
Conseqüência nos meus desejos e medos
Consequence in my desires or fears
Razão ou importância na minha existência
Reason or importance in my existence

É claro que me sentia cansado, mas eu gostaria de não sentir mais comiseração por mim
Of course i felt tired, but I would like to not feel sorry for myself
Quero crer que está se indo a carne e ficam os ossos
I want to believe the flesh is going and the bones stay
Que vai o passageiro e fica o que importa
That the transitory goes and what matters stays
Que as águas levam e lavam o insólito, a poeira, o impermanente, o falso.
That the waters wash and take the untrue, the dust, the impermanent, the fake.

Quero crer que morro para ficar vivo
I want to believe I die to stay alive
Que as mãos rubras não mais assombrarão os meus sonhos com coisas que necessito
That burning hands shall not haunt my dreams with things that I need
Que ao ver a definitiva desimportância de tudo isso acordarei
That when I see the definitive unimportance of it all I’ll wake up
Ao perceber a musica louca verei entre as notas o silencio, e terei calma e paz.
And when i notice the mad song i´ll see silence between the notes, and I’ll have calm and peace
Ao me negar a dar destino e organizar as coisas da vida para meus objetivos infantis
When i refuse to give destiny and organize all things in life for my childish objectives
Encontrarei Propósito, Significado
I´ll find Purpose, Meaning
E o meu lugar verdadeiro.
And my true place.

quarta-feira, agosto 24, 2005

Reality Management

An attempt at an analogy between modern 3d>4d>5d CAD Aplications and reality creation (management).

As some of you know i design and build furniture. In doing that i use a CAD (Computer Aided Design) application, actually most of the tome i spend in front of the computer is using AutoCad. Most CAD programs deal with 3d very well, one can virtually build any kind of thing using them. They are called 3d modeling programs and more than being just a drafting aid they are becoming 3d management systems, with a lot more stuff added to the project information than is possible in a simple flat page. You can turn parts on and off, and see sheets of data related to that part, you can rotate an object, and see it rendered in many ways under different lights and made of different materials, you can calculate mass, center of gravity, heat dissipation. You name the phisical property.

Recently these programs heve been developing from 3d into 4d, as programers realized that they could bring time into the picture. The 4d axis allows one to program the assembly order, or any step taken in actualizing the project in assembly. This is a plus for analizing production times, automated tooling and etcetera. It seems pretty obvious to add the time component to a modeling program, many animation programs do just that. The difference is that these are project dedicated programs, and in them you deal with time differently than you would in a past to future animation program. You deal with time as a potential, as a space where you try different configurations, where you split this and that way so you can test the best possibility when it comes to materializing the project at hand, and manage the time involved. Not only in materializing i should say, but in plant processes management, in cycles of use for architectural spaces, in some aspects of logistics. The project generated in such programs agregate great amounts of information about the object and become managing tools completely integrated to that very object.

I always felt that when we esoterics talk about 3d we are using a less than apropriate term, since the time axis is very present for us. But perhaps we are more immersed in it than in the other 3 dimensions we lose sight of it. I guess it is right to say we are so planted in a 4d platform in order to deal with 3d that we do not really consider it.

Nowadays 4d CAD programs seem to be adding still another axis, a 5th one into managing projects. This development is related to what specialists call Information and Comunication Technology. This 5th axis is dedicated to the integration between a CAD and other different applications but also, and this seems to be the major purpose of this dimension in designing, to the cost, resource and pricing aspect of a project. But how all this techno crap serves at all to make a good analogy here? I think it does.

A project manager is challenged always to make the best use of limited resources, begining with the formal aspects of development, from a point idea (1d), to a sheet drawing (2d) to an actual object (3d), fabricated in time (4d) with just an exact amount of resources and materials (5d). In making things i always feel you can do the ugliest most useless thing or a very worthy object with about the same resources. Actually it seems the ugliest ones take more of anything, and last least than the best. Design is an integrated thing, that in some aspects actually confers an object with a kind of a soul.

Also Design is becoming a major force in modern life, as it integrates many different disciplines into one seamless purpose. The word Design has a meaning when you think about an object´s design, and an expanded one when you thing of God´s Designs. Design in all is a good thing, and when it is not skin deep it is something that brings a lot more into the picture and into the object than is observable.

I hope you do not find it all too arid, male, and rational but I find meaningfull that programers added that 5th axis to CAD applications and related that additional axis to resource management.

I always felt that walking into 5d would not mean that now we have the Genie under control, and that our every wish and desire would promptly materialize, as many seem to believe, regardless of limitations. To me walking into 5d means we will become more aware of the resources we have, and learn to manage them to “perfection”.

I think the perspective acquired from 5d is actually a very sobering one, that the resources that are given to one are limited, unique and precious. Isn´t that what we are learning all around, from water to air, from our lifespan to the people we meet in it, from how we spend our life and how we take care of our health. I believe the “investment” that the life force, God, or whatever name you like, will do in us is proportional to our ability to manage the givens. The givens in our lives, any karmic bondage or conscious affection, life setting and condition, geographical, economical, genetical... strengths, flaws, abilities, networks, isolation, whatever that is right in front of us or within our grasp to imagine, take, mold, accept.

I remember reading somewhere that many souls were departing to no longer incarnate because they were unwilling to face all the work ahead. To me, if we read the trends evident all over, we will see no fireworks, but we will get to the inevitable point of having to acknowledge we entered an era of communication and of relationship, an era were mankind must mature into a more responsible, wise and altogether compact and efficient body, an era of limited resources that will force us to get and work closer together, but also an era of warmer bonfires under the skyes, of breaking into laughter after all the stress and hardwork, of being helped through the highest pass. An era of finally getting over fear, and decisively seeing our Destiny in the eternity of the stars.

And, as a final note, think that a Master is Masterfull not because he takes a lot, or has unlimited resources at his disposal, but because he made the finite resources infinite and sacred by his Reality Management. The Master overcomes material limitation pouring into it infinite perspective.

By Antonio (Guga Casari)

terça-feira, agosto 23, 2005

MATRIX AGAIN

Upon some reflection I came to realize that again the MATRIX parable is very applicable in bringing to attention some aspects of our present lives. In a way we are feeding the world wide economic and informatic machine we created, with all we have, with our souls even. It is not really the machine's fault, since by definition machines are soulless.

The intense acceleration we feel coming from the fast communications and the time freed by computer efficiency and intelligence, only to be occupied by increased workloads and a demand for increased personal efficiency, coupled with the disappearance of the learning curve beyond the horizon of possible human achievement, is making us Humans feel obsolete, futile things that hardly deserve to be living. And for lack of collective vision this machinery is making us only more efficient locusts blindly destroying the world and ourselves in the process.

We are becoming amazingly rich and fat, but not less hungry, softened by all the pillows we created, but not more comfortable, self indulging and addicted to all sorts of somatic rewards, never pleased. Some of us are like that and some of us are on the otherside of the spectrum, drained of all hope, incapable to envision any salvation but the one promised on another world. From hoping it all goes to hell in a basket to actually taking their own lives to jump on comets, from being bombed to being mistaken for a terrorist and killed (unarmed) from the back with 5 shots in the head by ScotlandYard, hopeless things…

And all the while there seems to be huge concentrations of wealth, killing people, and huge lacks of it, also killing people. Of course world problems cannot be reduced to wealth problems alone, but I feel it is undeniable that wealth distribution is one of the greatest indicators if things are going in the right direction. I think it cannot be denied that if you divide the present worldwealth by the world population we are much richer no than we've ever been, but how many Ox carts to the Lamborghinis, how many brandless sweatshirts and jeans to the Prada?

As the fairness of wealth distribution is in all practicality a nonexisting concept, being more a dream that we collectively don't actupon, the need for wealth destroyers arise. They are all over, destroying lives, their own (bomb men), destroying wealth by corruption, by accumulation, by warring and piling up arsenals, by just buying the latest gas guzzling muscle car because "I deserve some reward for being myself".

All this world wide aspect of manifest destruction and hopelessness is in part because we groupally cannot make the minute personal destruction (and transformation) of self sacrifice, of self abasement, of self criticism, of Forgiveness. All this reductive pressure upon us comes from our own personal inflation of demands,of wants and needs, of attention. We depreciate the world and ourselves by our exagerated needs.

If you think of what is really necessary to live, all that really matters, all that is completely and totally rich is like a pearl, round, shiny, solid, natural, beautiful and long lasting. On the other hand, if we compile all we think we need it would look more like a party balloon, feisty, full of gas, explosive, futile, short lived, artificial and cheap… Put that pearl inside the balloon, put all balloons in the world inside a room and you take all the air from it, you restrict all movement also. It becomes impossible for one pearl to get close enough to another to really understand its take on things, not to say it is impossible to collectively get together on what is really important and to closely appreciate each other's "Pearliness". No wonder from time to time one of us pops and goes postal, or feels like throwing a plane into a building or occupying another country, or from public office deceiving the people and stealing from public money, or robbing a national central bank vault (both of this last things are happening and happened herein Brazil).

Coming back to the MATRIX argument, at this point we are only feeding a soulless machine. We did not yet grasp how off center we were before the information age, and how even more off center we are right now. We are hypnotized by all the pixels blinking in front ofus, giving us the illusion and futile Pavlovian reward of electronic control. We are feeding this Global machine with our souls, hoping we are doing the right thing, but the machine itself does not know what to do or where to go, and apparently its programming needs a huge adjustment or we are into a big reality check. It comes to mind the image of the benign thinking helmet or hat, that you put on (or take off) to become more intelligent to do all the good things you must, or the malignant implanted chip that controls your every move and thought and commands you to do things you do not want to do.

The choice between making these appendages iron balls that bind usto very restricted and grey efficiency stalls, or feathery wings that help us enjoy being human even more greatly resides at everyone of us wanting to be at the center and not wanting to be the center. We are actually trying to answer the question that asks ifmachines (mechanical behavior) will take us over. If "they" do they would only be jumping into oblivion with us. And I qualifythis "they" as the Mechanical / Hierarchical / Patriarchal aspect of our own personalities, an aspect that surrenders all its own volition to the demands of a system. I believe this is something that springs, of all the unexpected things, of our own insufficient animal nature. Well, you say, how can a mechanical behavior come from animal nature? I say it is possible because we are animals that, besides being technologically inclined, can deny our deepest feelings, our instincts and natural souls.

I saw a short news flic that showed North Koreans under a huge statue of their former president (nuke crazed and present little king KIM JongII´s daddy), they were bowing to the statue in reverence, as to a Buddha, which he surely was not. That impressed me deeply, as right now in Brazil the government is under the biggest and most widespread corruption investigation that ever seem to have happened in a democratic country. And despite all logical indications that our President is involved most people deny the fact or make political compromises so he stays in power, or else things would get too messed up. We must not forget we are monkeys, and we fear the biggest gorilla and feel we need his parental protection. God in heaven being the greatest of great apes.

In most cases we resist in seeing daddy's shortcomings, or the shortcomings of daddy's system, or the placement "he" gave us in the pecking order. We proceed in the belief that if I push that lever as I am supposed to all will be well and dad's tribe will take care of me, never knowing that this is that life sucking chip whispering in our ears. We proceed in surrendering all responsibility to an external agent, an oppressor, a protector, a seducer, a whisperer, a split personality character…

What is the blue pill, what are its effects, how shall we make theMATRIX work for us and for all life? How do we become the Uncorrupted Souls that came to play in this Heavenly Garden, that came to explore the joys of this Infinite Universe, that came to Become Reunited with the Center of It All, that came to Transmute it All back into Light and Return it a thousand fold shinier to the Creator? How do we overcome the limited nature of our crib, and transmute into Eternal Beings?

Do you feel you are getting nearer the pass? Can you envision the singularity? Can you create it? Would you accelerate towards it, and compress all that is not necessary out of the equation, zipping up your personal history to reach that nexus? Realize that all that will happen is a Deja "Not" Vu, a positive glitch in the MATRIX where all is exactly the same but now you see it all completely renewed and different. You see the code.

--- Operator?....

quinta-feira, julho 14, 2005

Pindorama.

Em Pindorama não há maldade, ou se há é a maldade menor da criança que puxa o rabo do gato, ou de se negar uma lambida no sorvete quando se está chateado com alguém. Se há maldade em Pindorama esta se dá e se apazigua logo entre as partes, maldade que se esquece facilmente, que não se cobra, que não doeu nem machucou, que não roubou nem destruiu. Se existe maldade em Pindorama é uma maldade que no fim quer ser Bem, quer estar Bem, quer fazer Bem, e é apenas um jeito colorido ou apimentado de se chegar lá, é um contraste para que não fique tudo muito chato e os anjos tenham o que fazer. É uma maldade que permite contar uma piada escondido, e se falar sacanagem no ouvido do amante, é uma maldade consigo próprio que dá risada do umbigo torto, do argumento falso, que desmascara uma intenção torcida e as falácias bobas a que se dá o que argumenta em causa própria.

Pindorama é um mundo, ou para ser modesto pois lá nem existe soberba, um País que existe na dobra duma probabilidade quântica. É d´outro lado do Inverso e por isso é bem aqui. Pindorama acontece por baixo dos panos, sem que isso seja errado, acontece o tempo todo, sem que isso seja eterno, acontece para todos, sem que seja comum ou corriqueiro, acontece de graça a todo dia e toda noite, sem que seja barato ou sem valor...

Em Pindorama venta nas palmeiras, não se deve nada pra se poder viver, e tudo é só beleza. Em Pindorama é onde o sonho é verdadeiro já que a ilusão e falsidade não vigoram. É lá onde acontece tudo na ordem certa e se progride rumo a um bem maior. Aonde se abraça o inevitável como bem vindo, e os ciclos da vida como perfeitos. Não se desdenha da morte, nem se desfaz da vida, não se assanha com ganas, coceiras ou taras, não se aprisionam dobrões ou se acumulam pilhas e pilhas de pilhas e pilhas de pilhas e pilhas. Sem excesso, sem falta.

Em Pindorama se fia se tece e se faz tudo o que não fazem lírios do campo, se ama se cria se cresce. E isso se faz sem culpa, sem mágoa, sem dor e sem dívida. Em Pindorama se acorda por que o sol chama, se dorme por que a noite é quieta, se comem frutas doces, carnes magras, cereais e iogurtes com mel. Tem sorvete, tem cinema, ginástica, praia e cachoeira, tem espaço para festa e razão pra celebrar. Tem pipoca, bolo e suco.

É um lugar aonde niguem se perde, por que é tudo casa, é um lugar aonde ninguém precisa por que é de todos. Você sempre senta ao lado de um amigo, você sempre conversa de algo seu. Lá nem se diz “bom dia” por que isso é obvio e voce não quer ser ridículo. Já se esta mais adiante no “como está você?” ou até alem no “voce parece tão bem...” ou ainda mais no “Como voce é! Como isso me apraz!”

Se voce projeta um prédio, lhe dão tijolos, se quer ir a algum lugar lhe dão carona, se pensou em alguem ele logo te liga. Se plantou logo colheu. Lá quem semeia vento hoje, colhe tempestade amanhã, pois dá tempo de arranjar abrigo, e quem semeia amizade hoje já colheu mês passado muito amor adiantado. É tudo ao contrario, mas é tudo tão certo, por isso eu penso se serei tão esperto ao não ir pro Inverso daqui.

FUI!

segunda-feira, junho 27, 2005

A Republica (ou alguma coisa) Está Morta

A Republica esta morta, corroída pelos cupins que a infestaram.

Veja, isto não é um folhetim inflamatório pregando revolução ou coisa parecida, é sim um grito de guerra pelo retorno do estado de direito que a já tem muito tempo foi pro brejo. Também não se prega a Anarquia, ou chamada à violência ou a qualquer imposição autoritária ou dogmática. Mas também isso aqui não é apenas um desabafo, para ser deixado esfriar após ser ouvido. É um tipo de chamada às armas sim, mas as armas da razão, do bom senso, da Consciência.

Que a Republica tenha se Autodestruído pode ser menos culpa da Republica do que das pragas, mas mesmo assim algo parece provar que a representatividade distante tira a vitalidade do tecido desta superestrutura, aumenta o bolor e os fungos que passam despercebidos até que os cupins e seus asseclas atacam com tal sanha que o prédio vai abaixo e num instante dele nada sobra.

E eu nem diria que os cupins são exatamente os enganados (e enganosos) que tocam a Casa Maior da Nação, mas que suas (e nossas) próprias mentalidades estão tomadas por uma infestação doentia, corruptora e imediatista. Vê-los e a nós próprios como doentes é provavelmente o caminho mais seguro e humanitário para a cura e para a saúde. O que é claro não os isenta, nem a nós das conseqüências de suas e nossas ações, como se fossemos apenas títeres inconscientes de forças malignas.

Infelizmente nós aprendemos a calar debaixo de muita botinada e repressão, aprendemos a calar pra ganhar uma fatia do bolo, ou pra ninguém tirar mais do nosso. De muitos modos esquecemos os nossos próprios nomes, e quem somos, e o que realmente tem valor e permanência. Aprendemos a dormir mesmo sem estar em paz com nossas consciências, ou por isso mesmo “dormimos” a muito tempo num sono intranqüilo e sem descanso. É hora de acordar, ou ninguém houve o barulho do prédio querendo desabar? Até quando vamos nos satisfazer com o Balança, mas não Cai? Até quando vamos deixar por menos?

Que a População seja chamada dos currais só na hora de pagar mais uma conta é um dos nossos absurdos. Que dos erros nunca se aprenda, e por eles só se galgue mais um degrau na solidificação de situações consensuais e fisiologísticas é a doença do nosso tempo. Mais e sempre mais da mesma coisa até que não se tenha mais nada só uma casca oca e sem alma, corroída por dentro. Quem não vê isso? Quem não quer ver isso? Isso não é um problema do Brasil, mas uma realidade das Republicas atuais. Confundir Republica com Democracia e Estado de Direito é um erro, é a lã sobre os nossos olhos que não nos deixa ver.

Na nossa Sociedade fica impossível o embate da Justiça contra a Iniqüidade, pois a Justiça é uma distante apropriação da Republica, e não cria doméstica do Cidadão. A legislação é maciça, mas não é dinâmica; é partidária, lobística, jurássica. As relações de trabalho são intoxicadas por tal presunção de más intenções que se tornam impossíveis, ineficientes e caras para todos os lados; e partidos e sindicatos ainda se incensam com a consolidação, uma colcha de retalhos que acenam como bandeira, mas que tão pesada não se agita como flâmula vital ao vento da realidade atual.

O doente se encontra febril e sufocado debaixo das cobertas enquanto o Pajé para “ajudar” ainda lhe sopra fumaça na cara, quem sabe para despachá-lo de vez deste mundo infeliz...

No cerne da nossa miséria está a malaria duma má vontade tenaz, da suspeita, que cria uma facilitação para relações corruptas e desgastantes, e toda uma serie de distorções que são como “Gatos” (de rede elétrica) que drenam a vitalidade da Nação. E quem hoje em dia pode falar de “Nação” sem ter vergonha e sem exagerar (por falta de fatos) em ufanações delirantes. Gigante pela própria Natureza, Nação amiga e simpática, Terra descoberta aonde éramos despidos de malicia e etecetera e tal.

Sonho com Pindorama, uma terra de muitas tribos, tribos que falam a mesma língua, que se percebem com o mesmo propósito, que zelam e veneram o solo vivo da mãe terra. Nação aonde se pode sem pudor ou vergonha expressar e contar com amor fraterno, de companheiros e companheiras no percurso da vida nesta terra. Aonde se pode venerar e defender pacificamente a vida e o solo da terra onde nasceu e para onde ira ao fim. Rogo que possamos um dia conhecer e estender este amor, nobreza e respeito na criação de um mundo pacifico, durável, enorme e generoso. Isso é possível. Pindorama é um pais que ainda não existiu, é um mundo que ainda pode ser. É um exemplo que a Terra precisa.

Temos que criar o futuro com audácia, coragem e propósito. Temos que declarar à vida os nossos nomes e gerar da Alma os nossos Destinos. Seremos sempre o casulo que não gerou vida, mumificados, com os nossos nomes raspados das pedras da lembrança, marcando o passo na repetição das nossas mediocridades e erros? Ou vamos ter a coragem e a paixão de acrescentarmos a vida e a existência de modos incríveis, novos e maravilhosos?

Contra a imaginação do que podemos, contra a luz do que desejamos e podemos ser, a face corroída e mal formada desta Republica passageira se revela em toda a sua doente farsa. Todos os momentos de espera e expectativa em suas promessas de migalhas, o medo de sua mão pesada e seus encargos de responsabilidade e culpa se demonstram corruptores. Toda a sua sedução dum momento melhor no país do futuro, se nós apenas tivermos um pouco mais de paciência para esperar (e pagar a conta “por favor”), se revela tão mentirosa como virgens a esperar o virtuoso no paraíso.

A Republica pode renascer das cinzas, ou precisa? Vale a pena se colocar mais um pau cortado da mata para se sustentar a oca do cari? Quem pode responder?

O Futuro só existe no Presente, pois o mundo mais concreto só é possível quando foi antes sonhado. O Mundo é uma coisa só e Babel pode terminar aqui, agora. Não devemos ser os primeiros a acabar logo com esse pesadelo desconfortável? Não devemos sair do encantamento e do suadouro miserável e febril em que nos jogaram as mentiras de um feiticeiro aleijado e uma prostituta cega, para começar a fazer algo pela honra e pela vida? Um passo possível é querer abrir o próprio olho e buscar a Lucidez, e pensar nas nossas ações com a perspectiva da Eternidade.

Em Paz.

sábado, junho 25, 2005

The Shape of ONESELF

This 3d representation is only an artistic rendering of a concept that cannot be trully represented; it is an Imaginary, Symbolic, topology for Space Time, or for the ONESELF, seen as one membrane folded unto itself.

The bottom ring, where the outer surface turns inside, represents Individuation. The infold represents the Male aspect, the Known, the outfold represents the Female aspect, the Unknown. The Gap Between the Two represents Desire, Becoming, Flow, Experience, Motion, Dance. It is a Fallus folded into a Womb. A Vase of Creation. It is in this space between folds that tension and energy happen and flow between positive and negative.

This Topology is present everywhere in the Holographic Multiverse, at every point of consciousness.

quarta-feira, abril 13, 2005

Idéias da Nova e da Velha Era.

Nunca fui um grande admirador do catolicismo, sempre rejeitei a igreja e a maioria de suas ações e conceitos, mas sempre reconheci viver dentro de uma sociedade católica e estar impregnado desta visão de mundo de um modo profundo e essencial. A morte do Papa naturalmente levantou uma serie de questões sobre a fé católica, e não que eu estivesse prestando atenção, pois estava tentando fazer exatamente o oposto. Mas, lendo um texto de canalização mediúnica (que quando li eu achei fraco) uma pequena idéia se plantou em minha mente. A idéia surpreendente de que o a visão de mundo do Catolicismo tinha validade. Se eu não estivesse lendo um livro do Carl Sagan – Um Mundo Assombrado por Demônios – eu talvez houvesse descartado essa idéia, que vai contra todos os meus preconceitos a respeito do Catolicismo. O livro do Sagan exorta o pensamento critico e cientifico, e pode parecer um contra-senso este modo de pensar quando se trata de trabalhar idéias místicas e religiosas. Entretanto o grande conselho que posso tirar deste livro é o de se aceitar e considerar qualquer idéia sem preconceito, mesmo a desagradável, e pesá-la na balança da razão critica para se chegar a um veredicto.

A idéia de que o Catolicismo representa, uma visão de mundo válida abre para mim uma janela, ainda que pequena, para compreendê-lo, e perdoá-lo. A morte sofrida e lenta do Papa, sua opção de carregar e exibir a cruz da doença e da velhice parece realmente declarar a visão central do catolicismo: A de que este é um mundo de pecado, de sofrimento e de dor, e de que devemos viver em penitencia, junto com a idéia de que os Homens vivem em tal engano e falsidade que torturaram seu próprio Redentor. Independentemente do detalhismo irrelevante e de certo modo amplamente rejeitado de inumeros ditames da Igreja (não usar camisinha como um pequeno exemplo) e do viés frustrado de que este é um mundo de dor e de maldade, me parece que se pode extrair algo muito fundamental e verdadeiro desta visão de mundo.

Voltando ao argumento que Sagan traz em seu livro, aonde critica ampla e profundamente toda idéia supersticiosa e cientificamente incomprovada, num momento ele cita numa pequena frase uma noção muito importante, a de que não é possível se tocar uma vida pensando que a “verba de produção” para esta é infinita. Isto é um ataque, por assim dizer, ao refrão New Age “você cria sua própria realidade” que não é em minha opinião uma idéia errada, mas muitas vezes bastante mal compreendida. Que este ataque possa ser desferido a partir da Termodinâmica, da lei de conservação de energia é bastante curioso, e inteligente. Vejo alguns dizendo “Eu crio minha própria realidade e neste momento estou criando você”, ou coisas do tipo. O que me parece um entendimento menor da questão do que é se criar a própria realidade, ao menos do ponto de vista do Eu (personalidade) que esta fazendo a declaração.

A observação imparcial parece indicar que neste mundo se consegue bem menos do que se deseja, que nossos desejos tem forçosamente que se harmonizar com (ou exercer pressão sobre) todo um ambiente global e social para poderem ser realizados. Parece indicar que temos grande opção quando se trata de nosso “mundo interior”, resistindo a opressão e a injustiça ou aceitando as dádivas da vida com gratidão, mas quando se trata de moldar o mundo exterior a coisa tende a ser mais lenta, tediosa, trabalhosa e frustrante. Quando se trata de moldar obstinadamente o mundo exterior tendemos a tentar cortar caminhos, e a atropelar o próximo e a cometer falsidades e pecados. Que quando muito desejamos podemos estar exacerbando nossos apetites de modos que o mundo a nossa volta não pode suprir, ou no mínimo de modos que não são saudáveis para o nosso próprio corpo físico.

Uma grande revelação para mim, vinda do Don Juan de Castaneda, é que “Deus não se importa”, pense como isto é verdade. É possível se crer que o Deus último tenha algum investimento ou interesse num desfecho em detrimento de outro? Que este Deus possa de algum modo ser induzido a se interessar por nossa realidade e interesses microscópicos? Dá para crer que este Deus não esteja distribuído igualmente de todos os lados da balança? Não creio, mas creio que esse mesmo Deus nos abençoou com enormes poderes, com a força da vida e com a promessa de um dia termos uma Alma. Creio que a batalha diária é a busca por destilar e reconhecer essa essência e de libertá-la deste solo e desta gravidade. E ao mesmo tempo em que Deus não se importa, Deus também está eternamente de braços abertos alimentando de Amor / Energia cada átomo da criação, sustentando todo o tempo e todo o espaço, cada dobra quântica, desde o Inferno ao Paraíso. Abraxas, TAO...

A visão Católica me parece após esta reflexão ser uma tentativa de lidar com esta frustração do mundo material, com essa insatisfação inerente que este mundo é para os apetites infinitos de nosso espírito, principalmente quando direcionados de modo equivocado apenas sobre a matéria do Mundo. Mas a pregação católica se dá ao meu ver de quase sempre de um modo estranho, ao se concentrar na dor e na penúria, que não tanto liberta mais quanto apega. A dor em si não é ainda um aspecto transcendente, superior, e o aconselhamento ao sofrimento como se este fosse libertador é um erro. O que se busca é a aceitação da vida num mundo de limitação, onde estamos acompanhados de outros “eus” nascidos da mesma essência fundamental, bem como o entendimento do verdadeiro processo de crescimento positivo dentro deste cenário até atingir a sua (hipotética) superação. Que a dor seja vista e aceita como parte deste mundo, e que ela seja aceita e contextualizada, ao invés de ignorada como inexistente em tantos cenários de paraíso futuro na terra (ou em outros planetas) prometido pelos novos videntes, me parece eternamente sábio. Que o medo no coração dos homens seja percebido e apaziguado, que as ações dos homens sob o “jugo” deste medo sejam sempre perdoadas, e que as razões para o medo sejam discutidas e anuladas, ou ao menos diminuídas, me parece ação da maior nobreza e o caminho para desfrutarmos um futuro sadio e feliz.

Quero acreditar que todas as Religiões e suas políticas hão de ser superadas e que a Religiosidade ampla, mesmo que indicada por outra palavra, pode se tornar a mola principal da busca e da coalescencia humanas. Estamos realmente adentrando uma Nova Era, uma era em que podemos sonhar com a superação da superstição e do misticismo e dizer que começamos a conhecer a Verdade. É uma época de jogos e de relacionamentos, de imaginar possibilidades e testá-las em simulações e cenários, de experimentar com a memória e inteligência expandida dos computadores, e de buscar modos sadios de vivermos neste mundo. A busca cientifica pela Verdade dos Fatos é em si uma busca Religiosa, de religação do Homem com a Criação pelo entendimento. Pode ser uma tarefa impossível e eterna, e neste processo quem é de Ciência pode ter que chegar a um termo com sua necessidade religiosa e seu temor do trovão.

A Ciência e a Tecnologia possibilitaram um enorme aumento populacional, muitas destas pessoas são almas carentes, famintas, é muita gente. Gente que pode exercer uma pressão tão grande sobre o ambiente de modo que podemos até conceber um cenário de reversão à barbárie e uma época de trevas. Gente que por ignorância e medo pode inadvertidamente apagar a chama da iluminação que atingimos neste presente. Os muros se erguem, as fronteiras tentam se proteger, mas os bilhões só aumentam, enquanto o mundo exterior não. As trevas, entretanto não são deste mundo, sobre o qual o sol nasce abençoando-o diariamente, mas do mundo interior de bilhões carentes, ignorantes ou amedrontados, e dos “iluminados” que resistem, ou não sabem como partilhar sua própria luz. O mundo destas mentes é enorme como bilhões de universos solitários. A verdadeira Realidade Virtual é o que acontece na mente da Humanidade, nossos computadores são apenas simulações eletrificadas desta realidade. Quais são os cenários e os mundos que existem hoje em meio a estes Cosmos disparatados, e quais ainda podem existir ali?

A probabilidade duma época de “trevas” e obscurantismo ainda é real, principalmente se os “justos” insistirem em não arregaçar as mangas e enfrentar o trabalho “divino” que os chama. Muitos de nós estamos esperando que o Pai dê um jeito na casa, eu me incluo neste escalão, e pouco fazemos para amenizar a dor e o sofrimento, e nos rendemos impotentes diante de injustiças e de absurdos. O que nos dispersou, vale perguntar, o que nos impede de nos aproximar uns dos outros e afastar de vez os “demônios” do medo, da superstição, da má vontade, da injustiça, da ignorância?

Não acredito mais nas promessas de redenção fácil, ou de iluminação instantânea, estas foram também para mim o refúgio da Avestruz. Promessas de resgate dos justos, de planetas prisão para os ímpios. O mundo nunca foi assim, por que o seria agora? Por que passaremos por um raio cósmico, por que a pressão das explosões solares está nos afetando, por que a ressonância Schumann está aumentando de freqüência, por que está escrito num Papiro do Mar Morto que ninguém ainda viu? Pode ser que sim, não posso invalidar estas hipóteses e até mesmo simpatizo com elas, todavia é melhor trilhar o caminho estreito com a mesma atenção de sempre, e não achar que nada está garantido e assegurado.

A grande atração das idéias New Age é a promessa que logo este sofrimento e este inferno vão terminar e tudo serão flores e harmonia. Não há como não ser seduzido por essa mensagem, ela dá voz a um desejo muito profundo, um mundo aonde não se precise trabalhar, aonde a gente só encontra com pessoas amáveis e de quem gostamos, aonde o menor desejo se manifesta... Um mundo aonde Deus caminha na terra e nós conseguimos falar com os animais, aonde a energia é livre e gratuita, e não existe maldade ou conspirações, ou dinheiro. A grande repulsão das idéias “Old Age”, alem de seus aspectos quasi-barrocos e sua linguagem fora de época, podem ser atribuídos a sua complexidade e ritualística ultrapassadas, a mensagem de culpa e de dor, a misoginia, o histórico de erros que as velhas instituições carregam dum longo passado humano e político; bem como a dificuldade de acomodar os novos conhecimentos da Ciência e os novos comportamentos da sociedade.

Este breve artigo não pretende ser uma critica feroz ao pensamento New Age ou Old Age, nem poderia dado o enorme escopo de idéias que cabem sob estes títulos. O que pretendo mostrar é que nada indica que mudanças mágicas de intervenção divina vão de fato acontecer. E aconteçam ou não as atitudes essenciais para o vivente que busca algum tipo de saúde integral para si e seu mundo, são fundamentalmente as mesmas. Essas atitudes são tanto New como Old Age – são “Timeless” – fora do tempo.

Compaixão, Desapego, Disponibilidade, a lista é grande, mas não infinita ou inatingível. Esta “lista” de atitudes é tão fundamental e importante que se a cumpríssemos em parte ao menos a própria questão do paraíso na terra seria irrelevante, pois já teríamos ou estaríamos em passo de re-urbanizar os nossos próprios Infernos e o Inferno Geral.

A idéia que pretendo explorar é a de que um ideal religioso mais funcional e afinado com a realidade, com a continua expansão do conhecimento humano, e com a continuidade da totalidade de vida sobre esta esfera tem que ser atingido. Um ideal participativo que oriente e estimule ações concretas e objetivas, sem medo, com a moral do bem maior...

quinta-feira, fevereiro 17, 2005


Standing Stone of Calanish

Channelings

Abaixo está um conjunto de três mensagens que me senti inclinado a compor durante uma visita de dez dias a Escócia. Esta viagem foi organizada por Nina Florenz guiada por Daniel Jacob e feita com um grupo internacional de dezessete Amigos reunidos pela lista de discussão no Groups Yahoo! – Reconnections – criada e mantida por Daniel para discutir as idéias expostas em seu site Reconnections.

Naquela ocasião alem de nos reunirmos por 3 dias no Grand Duke Hotel em Kingussie para discussões, sessões de channeling com os guias que falam através de Daniel, e aulas de como fazer channeling. Também rodamos por varias locações, Lago Ness incluso e, como clímax, fomos a um importante local de Megalitos (Standing Stones of Callanish) em Calanish. Isso sem esquecer o fechamento da nossa aventura com sessão de Rebirthing, conduzida por Daniel num maravilhoso Inn com vista para a ruína dum velho castelo no mar.


Below you will find a set of tree messages I felt inclined to compose during a 10 day trip to Scotland. This trip was organized by Nina Florenz, guided by Daniel Jacob and made with an international group of seventeen friends united by the discussion group Groups Yahoo! – Reconnections – created and maintained by Daniel Jacob to discuss the ideas exposed in his site Reconnections.

In that occasion, besides getting together for 3 days in the Grand Duke Hotel in Kingussie for discussions, channeling sessions with the guides that speak through Daniel, and channeling classes. We also visited many locations, Loch Ness included and, as a climax we went to an important standing stones site in Calanish (Standing Stones of Callanish). Without forgetting the closing of our adventure with a Rebirthing session, conducted by Daniel in a wonderful Inn with the view of the ruins of a castle by the sea.

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Mensagem 1 - Message 1
Grand Duke Hotel, Kingussie, 23 de setembro de 2002 / September, 23rd, 2002

This is our message to you.

You may say we are your future selves, beings that you will eventually become, although in a fashion we are beings that you already are.

You ask what is to become, what is to happen, will I see the skies light up answering for my future.

You expect the drama you expect the fireworks. They are there, inside, though. Loudly commemorating but you are looking, distracted to the other way.

You turned on the head of a pin, and your universe already shifted, and you do not notice that you already are in preparation for the launching of your spaceships and past the portal of your new era.

The change already took place.

You only need to know where to look.

Many things will fade away from your perception, perhaps not as dramatically as you’d be inclined to like, nevertheless the skin is shed and you are expanding quickly into the new dimension of your being. You are falling into this new reality of being, expanding into it, so naturally that you don’t even notice.

And then in your play, you will see the garden took new colors, it expanded within without moving, and you can be the symbol of your beingness. In the sense that you now can allow for being so much the other, there are things that you will be able to hold better for the all, more confortably, in more acceptance and fullness. You can now play the part with carelessness, you can now jump into the abyss, or fall into the deep sky of selfness, of the universe, reaching galaxies, planets; falling into eternal time because you are not falling alone into that, but together with all that is Being.

You are pregnant with the future, and with all the accomplishments that will develop into time and into process, and that is what we need to become real, we are this pull we are this longing that will lead you to your completeness and fullness. Be not afraid, be excited! by all that Being that you are, timeless, boundless, writing names and faces in the shifting sand of time and process.

So when you ask, what is to become; when is judgement coming how will I discern and be counted for my actions? Remember that your action is now, judgement is now, and you are so equipped for the moment that you do not notice the wonderful dance that is happening all along. Never mind if you do not see us in flesh and “Kodak colors”, this is not important. Don’t forget your mundane challenges as they are filled with meaning and reason and the purpose of beingness. Unfoldment is not necessarily boring when you accept you are in such good company as the ones you long to become. The first step in building your space ship is already taken, and it is the greatest one, so big you still do not see it in perspective, so natural you almost take it for granted. Simply look inside and accept the immensity of what you’ve become. Accept the reflections that BEING IS all around you. Be confident in your timing and on the eternal validity of the self you project into this plane. You are now situated in another depth or height of your selfness, where you can see farther, longer, deeper, in more meaningful ways; accept that all in as the gift of being alive.

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Mensagem 2 - Message 2
Park Guest House, Harris , 26 de setembro de 2002 / September, 26th, 2002

Super Conscious.

We come here to tell you that there is another level of experience that is being made available to you at this moment. Up to now you had mostly two operating modes, the one of the conscious and the one of the subconscious. These modes had to do with your waking or sleeping selves. What is happening now in your experience is that the linear separation between these two selves is being shortened, hence your having to deal with all those uncomfortable issues that you apparently glide through so well at night. Your sleeping self would take it all in, your awaking self would bring some of it out.

What is appearing now in your experience is the awakening of the super conscious self, which rests in the affirmation of your being’s eternal and deep validity. Superconciousness is your innate right to call the shots of your experience, defining it in your terms, understanding it with your elements and defining language.

There is a feeling that if you fall into that you may find yourselves stranded in incommunicable islands, speaking in tongues and altogether lost in isolation and madness. Isn’t this really describing the sense of being, defined as detached from the All? Instead what you will end up finding is the commonness and similarity of the human experience. You’ll find your own experience is a continuum with the experience of another. Many of your private issues are at this moment abandoning you, they are actually tired of living and cannot take all that infusion of energy that you are allowing yourself to receive. They are going into the earth, into the magnetic energy of the Mother, to be recycled and healed. All the issues relating to the negative or restricting past definitions of ME will be taken in, and will be carefully and tenderly buried into the records, as memories of things you are no longer, and that you no longer need to revive.

The energies coming about form a new and very big vortex, of an intentional force and conscious coordination not yet manifested on this plane. On the other hand, all that happened on this earth is a building up of momentum for this to happen. These energies have to do with the manifestation of a renewed direction for this planet, and draw from mostly every attempt at having a secular/manifest structure connected to the inexplicable galactic center. As above so below. This energy can only at this moment be grounded at this spot on earth because of its magnetic attractive properties, it must be taken away from here in appropriate vessel, lest this beautiful planet would drink it all in. This energy is supposed to be horizontally spread once it hits the manifestation plane. There will be a central stronger peak in it and related smaller whirlpools woven in its fabric. This new etheric envelope is to be stretched to encompass the body of the planet it is earth’s new skin and the energetic womb for its next cycle of gestation. The smaller whirlpools are capsules that can stretch allowing for interconnected possibilities happening in the same space time continuum. In a sense this new skin is thinner, and will narrow the impression that you are separate from open/outer space.

There is a sense of importance to this, also of magnitude. This is the comet that missed the earth, now, did it? Earth's older skin is disappearing into open space; it stayed only long enough for this new emission to arrive and polinise. There is nothing that you are required to do, although it would help that you consciously took in with you some of this energy to be held in different spots on earth in order to accelerate the process and make it a more conscious one on the Human level. As you bring this energy signature with you to your physical place of origin you would be helping that energy to spring, literally from the ground and cover your region, attracting the cover faster and in a smoother fashion. You can have any receptacle to carry it with you, because you are the actual vessel for it, or you can choose some significant object to be charged by this, preferably an object that can hold or resonate with magnetic energy.

It is important to keep in mind that it all happens in the fullness of your being, no matter how you choose to experience fully or encapsulate it for slower consumption. There are cosmic mandates that will be fulfilled regardless, as the universe has its own volition.

What you draw as the circle around you is of fundamental importance at this moment, as you will be entering an age of ease and lightness; not yet manifested in the extent that it is being made available now to all. In this magic circle it is okay to have your familiar talismans and meaningful instruments of trade and of remembrance. This is not the circle of past identity, but a new and improved sense of self where you know you are not lost because maps and territory become the same thing. In the present what matters to you is the quality or sound (ness) of your experience.

All the energies that you are feeling, and that you are translating are energies, do not forget, from the One Life. In feeling that be joyful, be safe within yourself; be powerful inside the circle of your moment.

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Mensagem 3 - Message 3
London, por volta 28 de setembro de 2002/ about september, 28th, 2002

Greetings,
these are our comments to your present self.

You dove in depth into time, expanding the meaning of what would be regular time. One week appearing to be much more than it can logically be. You now feel antsy and quite restless as you see that station falling behind as you inevitably move forth. This is the game, understanding where exactly you rest as the images in 3d pass you by. You would identify this resting place as your center, or as knowing who you are, but you usually tend to think those are moving points, shifting all the time. It isn’t so. The place you rest within is where your true roots penetrate the earth, it is where you get your nourishment from, and it is your safe and inviolable space. Standing there something magical happens, you cease to posses and grab greedily the shifting 3d objects and begin to own All that is available in your experience.

You right now cannot believe the bounty available to you, as you tune in the proper manifestation for where you are right now internally. Let the flow get you there. You might be moving, you might be staying, but you will get the sense that all is simply coming to you, in exactly the right amount, measure and color.

If you feel you are stuck, try moving a bit physically keeping your attention fluid and receptive, think you are a tuner trying to find the right station, allow it to be taken to you as you start sounding its call, longing for this lover or loving place. Everything has a name that you call by singing it with all that you are.

You are a column of power, flowing meaning continuously; you are the far boundaries of the circle of your standing. You Are Heaven and Earth and the surrounding Circle of your plane. Now that sounds a bit lonely? And it seems to be a lot of responsibility also, to be in charge of all that. Just know in this reality you are not All-One but a focal point of Selfhood, you are the fingers of god stretching the fabric of existence, you are the needles in the loom where consciousness tries new meanings and weaves experiences. You generate fields between yourselves, and those fields are worlds complete. And although you all lie in different space time stances you were all created equal in Selfhood.

And in that lies the great paradox of how you can be One with the Other and still be yourself. It is in the interacting field of two that the reality of one can be grasped and in the recognition of the uniqueness of every aspect of existence lies its uniting similarity. All is unique because all is made of One; you are unique because you recognize the other in love that only makes your selfhood stronger and your position a safer one.

In that also comes the intensity or cohesion of conscious experience in linear or networked fashion, you can have a split, like twins or triplets being born from moment gestation, the energy is split two or tree or more ways as you arrive in delivery. What does not happen are two parallel moments running disconnected to each other. There is always a connection of meaning between them, if you try to believe that you could possibly have been in two different worlds, or possibilities that run parallel to each other without conscious connection you defuse the impact of delivery.

This is pretty much what happens when you try to allow for the influence of spirit with a doubtful frame of mind, doubt is standing in the boat and in the shore at the same time, not much will come from it. If you have the “multipossible syndrome” also you must ask where does this sensed possibility connect to this moment, do I want to flow to it or is it something that is keeping me from being right here right now? It can be mostly static and noise wasting the energy from a meaningful gestation. There is no wrong answer or result, only meaningful ones. This does not mean that you must experience consciousness in a linear fashion only but that you must follow a live thread of meaning/emotion/purpose in order to access that part of Self.

You must understand that in whatever way you organize your perception, and your definition of the world, that is valid and sacred. Those are your notes on the research you are now taking into limitation, and they shall take you to better grasp the Physical. You must allow process and transformation to polish you, to bring that shine and color that is uniquely your own. So when it comes to remembering instead of trying to retrieve a postcard from that moment, you should try to connect to any past or future self from this present expanding self’s point of focus.

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Fim

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Substances

This was inspired by a discussion on the Internet Reconnections list about Drugs.
The title of the thread in the discussion list was:

Substances

Substances
That I come in contact with
Altering and changing the who that i think i am
The substance of a rainy day
Of numbing work
Of driving hard and fast
Of getting what you say
Inhaling the smoke
Of your wet eyes when you cry
Of all the screaming and shouting we do when we get mad at each other
All that psychedelic fungi that is part of
My left toe
That guy’s eyebrow
A misplaced word
Yesterday
Shot in the vein
With the warm oily liquid of a crickets racket
In a regular crescent moon night
Substances
Flowing through and around
I pick them
I drink them
I watch them and I hear them
I become them
One day I will drink the Sun
I will smoke the stars
I will be high as Heaven
And all will be right as rain
I’ll leave no substance for pain
No time for getting old
All creation I shall make of gold.

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I remember when I was younger and smoke pot regularly of very dark times when I did not smoke, Darker indeed than the day really was, something was missing when I was not high. I sometimes smoke a joint, when my friends offer, but it has been quite a while since the last one and I do not miss it.

I remember the day after drinking mushroom tea, more than 20 years ago, half my brain gone for quite a while. A friend of mine frequent drinker now talks like a child and does childish things, most his brain did not return from the frequent flying.

I remember once driving my motorcycle so drunk I almost was not able to return home in the night hours after a party, and wondering what angel got me to bed unharmed.

I loved the highs, and I loved the buzz, but for now I choose to keep just the coffee and the sugar and the substances that come “naturally” to me, people, places, circumstances...

And just to stir up the argument a bit, gravity is a natural occurring phenomenon, but you will not find me jumping from a building without parachute. Or jumping at all, but that is me. This to argue that you can’t smoke pot and not get paranoid and not have some sperm and DNA deformity, that you can’t eat mushrooms and expect to keep all your neurons, or drink a lot and expect not to numb big parts of your natural being. O well I guess shortcuts are fine, who am I to disagree. But it seems also valid to ask is “What is the rush?” Since (it seems) we all want to find Peace at the end can you get there by rushing? Can you find Peace in a hurry?

To challenge a few Synaptic Connections in your brain:

It looks like shortcuts only allow you to take what you can squeeze through the wormhole; a good part stays behind wanting to catch up. Since it is quite valid to ask how much of us exists out of the brain, how intelligent are we if we do not think? How square is it to use drugs after all? How much of Us can we fit into this Space Time frame with a damaged brain?

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

O Homem Normalizado (A Série) - Capitulo 1 - O HOMEM NORMALIZADO

Para quem me desconhece, ou não se interessa pelos tópicos que vou tecer de meu rebuscado modo, talvez seja uma empreitada árdua seguir-me por estas linhas. Não lhe garanto que ao fim delas o Sr ou a Sra encontrará algo de valor, algo que se transponha a sua própria existência; ou, se esse registro será para si apenas mais uma anedota, que pouco lhe diz respeito, e somente, talvez, satisfaça a curiosidade mórbida que se tem de ver um semelhante ao se enredar numa malha de confusões e enganos. Mas, meu trilho está traçado, e por ele seguirei até o termo final, até a ultima estação, teimosamente. Sua companhia é bem vinda caso não se importe com a fumaça das caldeiras e com o ruidoso maquinário inerte que tento por em movimento.

Há muito tempo leio e me informo sobre assuntos místicos, coisas ocultas aos olhos mas, reais ao Pensamento e a Alma. Reconheço este ser um reino de enganos, mesmo enquanto seja um de busca por um cálice de compreensão. Muito se interpõe no caminho do viajante, e não é diferente no meu caso. Falo-lhes em primeira pessoa, sem pretender esconder o nexo estreito de minha personalidade, por onde passa apertado e constrangido esse pequeno fio de luz, que ao menos conto, vibre com honestidade e despojamento enquanto traça nessa câmara escura uma imagem temporária de mundos alem em pinceladas impressionistas.

Nas minhas leituras por muitas vezes encontrei referencias, mesmo na forma de advertências, da grande pressão que se exerce na mente e na alma do Homem para que este se restrinja, se comporte, se acomode. Em par e em passo com o temor natural pela sobrevivência, exacerbando-o até, essa pressão aterra o homem, desligando-o quase por completo de seu pólo Positivo, Elevado. Esse Homem caminha quase sem olhar para o Céu, sempre em busca das migalhas que encontra pelo chão. Curvado ao carregar o peso de seus acúmulos, de seus medos e preocupações, de seu passado. Um estado tão indesejável quanto o daquele ser Angélico, que nada influencia nesse plano denso, desapegado, mas sem história ou conseqüência.

Não se nega que esse é um mundo de privações, seu ‘Defeito “é, entretanto, na opinião desse que vos fala, também sua” Qualidade “. Optar, resultado do nosso temido livre arbítrio, é o fruto pecaminoso na visão dos que querem o total abandono da imperfeição terrestre. Mas na verdade Optar, Escolher, é o principio real da mágica e a possibilidade de tramarmos o tecido mais belo enriquecendo a Criação.

Para a grande pressão que se exerce na Mente e Alma do Homem, que o aliena e o faz um fragmento solitário e Individuo, se buscam explicações históricas, míticas, cientificas. Dentre as que me agradam nesse momento, que me satisfazem por fazerem ressoar em mim mesmo estas mesmas noções, estão a de que em algum momento na trajetória ascendente e evolutiva do Homem nessa Terra, as forças encarregadas da supervisão dessa Ascenção resolveram buscar uma forma alternativa ao “Plano Original”. Isso teria levado a Humanidade ao engano, colocando-a num caminho semelhante ao desses vaidosos supervisores, apartada das certezas e facilidades do citado plano. Concorrendo em paralelo, mas sem o contato direto com a fonte, a Humanidade teria sido colocada, girando fora de centro por assim dizer, pela ação intencional de grandes entidades encarregadas de cuidar de nossa evolução. Que fosse por impaciência ou vaidade atropelaram o passo da marcha pretendida. Esta é uma interpretação Histórica sem comprovação, uma mitologia, pois eu não possuo qualquer evidencia que a comprove senão a observação de efeitos. Pode-se dizer que esta é uma postura filosófica resultante de uma leitura entre linhas dos traços decadentes no comportamento humano vistos a partir do filtro de uma visão Unitarista para Tudo o que Há.

A outra visão, mais concreta, vem da aparente necessidade, encontrada e explicada de muitos modos, de Normalização do Homem. A construção cultural e social da personalidade passa por um enorme condicionamento, condicionamento este que naturalmente encontra contrapartes biológicos para se fixar naturalmente. Do desejo de ser aceito, ao medo de ser abandonado, da satisfação da fome e do sexo à preponderância que os sentidos físicos tem sobre os mais sutis; a Normalização se ancora, se afirma, se justifica em todas as nossas relações com o mundo.

Deixado como está este desenvolvimento gregário à consciência do Homem é como uma máquina que se apropria de sua energia, de grande modo condicionando suas ações. Alimenta a ilusão de Identidade Independente ao mesmo tempo que aumenta o temor diante do cosmos, da vida e de seu semelhante. É mais que um mero jingle de propaganda que insiste em se repetir em nossa mente, mais que noções culturais que se replicam pelas fofocas ou proselitismos, que são normalmente considerados “inocentes” MEMES* de propósito superficial. Esse conjunto funcional de Normas tem uma Proto Agenda, que pode ser observada pelo conjunto de ações menos que iluminadas da Humanidade nesse planeta.

* MEME – Noção proposta pelo Biólogo Richard Dawkins de uma Idéia auto replicável que usa mentes como hospedeiras para sua reprodução, mais ou menos independentemente do beneficio desta infestação na hospedeira. Reproduzindo-se de modo similar ao DNA, que usa a materia.

Capitulo 2 – DEMÔNIO FRAGMENTADO

O Demônio assim gerado tem uma “Consciência” e uma “Agenda” de giro invertido. Sua consciência vem da fragmentação da Consciência do Homem, dos roubos de energia coordenados. É uma “Maquina de Vazio”, que experiência a realidade através da miríade de impressões de vida “roubadas”. É um gênio invertido, um deus pretendido. Talvez esse fenômeno não seja único na Terra, pode ser algo que acontece temporariamente até que as consciências de um plano percebam sua real fonte de Inspiração, seu conector verdadeiro. Pode ser que esse seja um vórtice energético necessário para a formação de personalidades autônomas, mas que esse gênio eventualmente tenha que descer de seu papel de demônio assustador e passar a atender o comando do Homem Reconectado. Não adianta justificar sua existência, que é a existência de um Vazio, Vaidoso e Insaciável. Não é possível preenchê-lo só abandoná-lo a sua própria entropia e vê-lo se esvair.

O ponto em que essa “Existência” se sustenta e de fato mantém ou consegue manter o Homem escravizado é sutil. Há quem diga que só da ouvidos ao Diabo quem quer, e isso é verdade. No entanto a maior parte da máquina da Civilização ecoa, reverbera e divulga a mensagem truncada que serve a essa “Existência Vacuosa”. A dúvida sempre servirá a esse demônio, pois a ele dá serviço a quem serve a dois Senhores, e é esse o beneficio que tira da dúvida o Demônio. Este beneficio é uma parcela ainda que pequena que consegue do seu crédito, de sua imobilidade ou conformismo, de seu medo. Perigosa palavra “Demônio” pois traz a mente aquele ser horroroso e assustador, uso-a levando em conta o risco de suas associações, pois quero formatar em um conjunto evidente esses temores e o vazio de seu grande domínio sobre nós. O propósito de sua face assustadora é o de nos impedir que cruzemos a porta para o lado de fora, aonde o sol brilha e tudo é revelado. A face horrorosa que vemos é a nossa própria face no espelho, é o nosso ser em giro invertido, personalizando-se ao mesmo tempo em que começa a se sentir só no Inferno.

O universo é composto de muitas camadas, e essas camadas existem camadas para a esquerda e para a direita, de modos que não há palavras para explicar. O traço dado no mundo material se estendido ao infinito se cruza 12 vezes, ou encontra 12 horizontes para os quais ir e para os quais retornar. Tal é a Tolice das palavras, e a Folia que é usá-las. Será esta a extensão do Pecado? A inconseqüência de buscar explicações para o medo do trovão, de rebuscar com firúlas barrocas os cantos retilíneos da simplicidade óbvia, da vaidade de se apropriar com formulas mágicas de domínios imensos e eternos, intangíveis. Mistificando.

Capitulo 3 – A AGENDA DO AUTO PROCLAMADO "PROFETA"

E aqui me encontro Messiânico, fazendo passes diante da audiência que conquistei na praça pública. E de repente me esqueço de uma tirada programada, me perco num elevar de sobrancelhas, e minha fachada desaba. Nu, inequivocamente revelado, não é o olho da multidão que me penetra, pois alguns ainda aguardam, até desejam, tolerantemente que eu reencontre o meu ritmo e a alegre Ilusão se recomponha. Enquanto outros podem perceber meu desconforto sem julgar donde vem a gota de suor nervoso em minha testa. Eu, no entanto sei que se quebrou definitivamente a máquina, que não há mais uma gota de vapor para movê-la. Sendo até essa narrativa pitoresca um modo insincero e velado de colocar o meu drama, mais uma decoração na parede mofada.

Cheguei ao ponto mais baixo dessa viagem, o ponto aonde lhe digo que não confie em mim, que não me siga mais alem, que abandone esse pecador ao seu destino solitário, pois segui-lo só vai lhe trazer dor e desapontamento. Esse é o ponto em que perdi a confiança em você, em que você me aceite, em que você me entenda. Aonde eu deixei de acreditar que você saberá completar os vazios que deixo com sua própria luz e sabedoria, aonde eu deixei de crer que você pode me encontrar alem do meio do caminho, ou em qualquer lugar aonde eu tenha me perdido. Esse é o ponto da ilusão patética da minha solidão, da aridez de minha busca proprietária pela pedra filosofal, a equação última que ao ser revelada libera o Alquimista de todo o sofrimento e preocupação terrestre. Este é o ponto aonde eu exito em me revelar ou revelar meu segredo por inteiro. Aonde eu interrompo toda intimidade e me escondo em minha dura casca. É o ultimo recôndito de minha Vaidade e Orgulho.

Antes que se revele a feição real dessa troca, antes que a fumaça se desvaneça e você perceba os gritos que vem do isolamento em que me coloquei.

Me Salve! Me Aceite! Me Apóie! Me Liberte! Me Ajude!

Me Perdoe...

Como o louco que bordava seu mundo e os versos que o explicavam numa capa heróica, você talvez me encontre, a cela decorada com riscos que tentam representar um mundo de sonho traçados nos tijolos. Talvez seja isso o que finalmente eu busque, e tema. Que minha voz seja ouvida naquilo que realmente quer dizer, que atravesse a distancia do fosso e encontre a salvação num ouvido justo, num abraço irmão.

Capitulo 4 – PREENCHENDO O DESCONHECIDO COM FICÇÃO - A TEIA DO AUTO ENGANO

Sempre foi assim, o que não se sabe se inventa. O vazio é algo que incomoda a mente e aquele que o preenche, mesmo que com bonecos de palha e guirlandas de gesso sente-se protegido pelo conforto domestico e familiar do conhecido. Por isso os falsos profetas tem tamanha audiência, eles são os decoradores da espaçosa aridez da nossa ignorância. Por isso os Guerreiros que identificam o Demônio e o Mal tem suporte e recursos, ao liderar guerras e campanhas que, dizem, eliminarão as trevas definitivamente.

Que algum pequeno talento tenho em criar imagens dramáticas, reconheço. Não a altura de grandes artífices da palavra, mas o suficiente para mesmerizar, com as luzes piscantes esse ou aquele incauto na pequena praça deste burgo e, no processo a mim mesmo e a minha vaidade. Mas por mais que tente não consigo tecer uma trama tão espessa que não se note nos interstícios a passagem do vento frio, que não se veja pelos buracos o vazio cósmico onde se caminha.

Capitulo 5 - RECONHECIMENTO

E é por esses espaços que penetra a compreensão, da futilidade, ou da dimensão ínfima de nossos esforços e conquistas. Suspensos em queda livre, rompido o escudo, e com ele toda a sensação da continuidade. Pelas brechas vem a luz forte e intensa, que atravessa a carne e os ossos e desvenda, absolutamente, tudo.

Temor, daquele que se escondia na poeira acumulada debaixo da cama e de repente se encontra solitário escorraçado para o centro dum pátio infinito. Transparente, indefeso e vulnerável no meio dum lago de sal seco sem fronteiras.

Todos os defeitos a vista inclemente do sol, que indiferentemente os expõe, que os qualifica sem os apontar, que os faz ressoar como dores, como chagas, como ofensas imperdoáveis e eternas. Um calor cruel, intolerável, suficiente para enlouquecer. É a sensação da atenção total de um Deus, da imensidão de seu Poder concentrada num centímetro cúbico. É sentir-se lançado do fulcro da Galáxia, aonde repousam e apontam todos os eixos, para aonde se vincam todas as dobras, para aonde refluem todos os laços do equilíbrio dos pares e dos conjuntos. É cair em Si, e sentir o Amparo e a Clemência e o Reparo e a Justiça. É conhecer Seu nome e o nome de todas as coisas.

Capitulo 6 - QUEIMANDO DEBAIXO DA LUZ

Não sobra nada, mesmo enquanto nada haja sido tirado. A luz devastadora não é espelho, mas o que fica é a imagem do pobre diabo com seus mecanismos infantes agora quebrados e inúteis, suas desculpas e justificativas caladas, seu mundo irremediavelmente, irrevogavelmente mudado. Em um segundo, por mil anos.

Deus é um lenço de seda branco de um lado só, é o vento que agita o tecido sem trama causando uma onda única e eterna. Deus é uma chicotada no silencio, rompendo com trovão o firmamento imperscrutável. Eu sou o medo, a necessidade de estar vivo. Sou a pedra rolada morro acima, trabalho, sofrimento. Sou a lama que se deu nome, sou o barro seco pelo sol e o vento. Sou o andarilho em busca do porto que deixou, sou um dia atrás do outro, sou o velho, sou o tempo. Deus é a erosão dos meus planos, a chuva que desce a montanha, a mudança de caminho.

Capitulo 7 - TUDO O QUE NÃO CABE - O PORTAL DO PRESENTE

Por cima, em volta, ao lado, o que foi esquecido, o que foi relembrado. Alfarrábios fechados e desprovidos de sentido vivo, frases indecifráveis e incompreensíveis. Tudo que foi pensado, tudo que foi dito, as mentiras, as verdades e o que vai no meio. As dissertações infindáveis sobre assuntos irrelevantes, os hai kais plenos de significado, mas insondáveis. As citações, autorias, biografias e notas ao pé da pagina. Referencias cruzadas, assuntos afins, todas as receitas para qualquer resultado. Formulas mágicas, contestações, retratações, certificados e certidões, adendos e erratas, escrituras. Fotos estáticas, imagens em movimento, registros de todas as formas e dimensões. Planilhas, formulas, equações, mantras, mandingas. Bibelôs, badulaques, talismãs, instrumentos. Cortantes, mecânicos, elétricos eletrônicos. Mídias, modos, meios; etéreos, duráveis, rígidos, flexíveis.

Tantas formas de simular a verdade, tantas formas de escondê-la e capturá-la e congelá-la. Fontes secas que não saciam o que saciaria uma só gota de Água Viva.

Capitulo 8 - NÃO SABER

Então chegamos ao termo final, em primeiro plano a visão do trinco arrebentado da Caixa de Pandorra. Evidente a impossibilidade de retornarmos a caixa o que escapou. Com garganta seca e arranhando, vejo o seu rosto confuso e nem sei como começar a me desculpar pelos tormentos que lhe causei.

O segredo exposto dos mecanismos mórbidos, da entropia sólida e sufocante, das camadas sedimentadas de incoerências, faz um ruído enorme. É o som duma labareda Solar que afeta a Ionosfera, e o batuque de Schumman acelerado numa freqüência insuportável, é o contar dos minutos até 2012, é a onda Senóide de Deus induzindo o momento da sua inspiração no Cosmos. É o Juízo que finalmente chega ao desajuizado.

Suspensos numa onda altíssima, não sabemos quando vai quebrar. Entre as potencialidades do Universo nos assombramos com o Portal Aberto que convida a um mergulho num perdão infinito, um mergulho numa compaixão eterna, inexplicável e sem justificativa. Somos tragados pelo próprio imenso que ainda não somos, engolidos e completados por tudo que não podemos ser.

E para nós soa fútil, infantil, fora de lugar, o canto de vitória dos guerreiros, em cruzadas pelo bem. Bem como aparece a tolice de toda a contabilidade dos ínfimos degraus da História.

No som descomunal todas as verdades e mentiras são abafadas, reduzidas, e se tornam a voz duma pequena criança de olhos assustados que finalmente acorda e se liberta das garras dum sonho conturbado e inquieto.

Sem saber o que nos aguarda, conheceremos quem somos.
Sem saber para aonde iremos confiaremos em nosso destino.
Sem saber como nos encontramos estaremos em casa com nossa familia.
Sem saber como orar agradeceremos a benção do nosso lugar sagrado, eterno e bom.

FIM

sábado, fevereiro 05, 2005

Some thoughts on time and space

Created Sun Sep 30, 2001
Revised Thu Feb 3, 2005

Big Bang

It is actively happening now in some level; Seth was one of the first I know to put it that way.

I feel that as much as an explosion of parts it was also an implosion of division. The Unity of the Oneself creating uncountable divisions, threads, frontiers between itself and itself. Space isn’t as much a matter of distance, as it is a frontier between parts of unity, made of course of parts of it.

Talking about expansion or contraction is sort of meaningless in this regard, since it is all the same. Even distance is made of and “within” the same primeval Unity, and must end up Balancing after all. It does not seem to me that the original "field" that originated space or time in itself expands or contracts, as much as it creates conditions within itself (All that Is - All the Same) to expand or contract. Also that in every division of the Oneself there must be an undivided "window". This window being the root of the thing divided planted on the source of its existence.

The movement of the expansion of parts can only be seen / imagined emanating from a center point, that is an easy and common thought, but the movement of division must be seen as a folding to the "inside" of a theoretical external membrane. Like curtains, the folds in the brain, augmenting the neuronal surface, or veils that surround an enclosed quarter being gently blown by the breeze, touching each other lightly. Although all those things such as outside and inside are also created at that explosive eternal present point in Multiversal Time, there is a sort of Impossible Untopological Topology, all folds being made of just one side. The explosive vectorial "male" God needing the implosive involving "female" Goddess in order to be.

All experience must essentially be made of nothingness, of the one sided membrane pressed as the frontier between two fields. All the interconnected stuff in the universe is made in final analysis of a perfectly balanced "force". TAO - the perfectly balanced equation in the Supermaterial Cosmic Center. The Big Bang is not an imbalance, it cannot be, the stuff that made it all does not have a "place" to loose equilibrium into. It created a place out of itself, it cannot be imbalanced, since it was "made of the same". It is Fulcrum and Lever at the same time. There is no defect, no infinite expansion that will freeze no eventual collapse into a ball of hell.

When the dance begun with the descending of curtains and veils, Energy too begun to exist and flow between separate points. Since Energy is very much part of separateness, for it has an intrinsic need for difference of potential to flow. Energy is not the essence, which must by definition be perfectly balanced, holding all potentials.

The Trinity - a field with a line somewhere, a fence.

The primary creation was the frontier, essentially a barrier of "nothingness" (?) between two separate fields, or perhaps a barrier of "Willingness" separating the undivided sea. As Holograms of the creator we can be seen as willingness, a creative force, a pulse line in a screen dividing two spaces, our own little Tao Balls humming.

Time feels like rain in my roof, or a vibration all around. There can be no movement in space without it, or it can also be said that without it there would be all movements in space, back to the primeval soup, not really a chaos, but not fruitful experience either. Fruition, fruitful, Fruit Flow. The Fruits of Flowing. Time is also part of the frontier, of the membrane, all that relativity stuff - time and space equal or relative.

Fourth dimensionality equates to experiencing time as another aspect of space. This can be understood as having the same relative freedom in time as in the other tree dimensions. There is a teaching that says that We all are at the moment four dimensional beings that can only look or perceive the most immediate and obvious tree dimensions in front of us. Having our “feet” planted in time we have time itself in a consciencial “blind spot” so to speak. That same line of thought also says we are in a position of becoming fifth dimensional beings, bound or stuck not anymore by time but relying on looser and higher relativity constraints to be the grounds of our experience. I guess it could be said we are becoming closer to the curtain’s roots, or to that metaphorical window into Oneness, closer to a “higher, wider and stronger” flow of Reality.

I should say could, since I don’t feel that prophetic, but I will say it anyway. Living in this wider moment will allow us to experience the interconnection of all our lives, being helped by our relative FUTURE, helping our relative PAST, integrating all our time experience and becoming another sort of being. In a way we are simply becoming more proficient in feeling and evaluating probabilities and the implication of our actions. It is a looser more creative and active way to say, and to see that we plan our future and cure our past, but it is also a way to widen greatly the scope of what we are. All the while being also enfolded in a sixth dimensional (and seventh and eighth) layer of reality that allows for all the strings of simultaneous lives we are living as Oneself, over a fifth dimensional panorama.

All of this is vibrational and immensely energetic, as we ever approach the one fold that is many folds, the fullness of all that is at the same time being immensely peaceful and right, all energies in movement perfectly balanced

And to finish this brainstorm, or this brain flow, here are a few more morsels of thought:

God, the Creator, All That Is, the Tao;
Is not, cannot be essentially;
Inside, outside, into, through, made of, and etc;
Space, time, energy, or whatever was the stuff that there was before the Bang.

If you are perfectly at the center you can turn effortlessly in any direction. Perhaps that is a window accessible even to us humble human lemur-monkeys, the very excitable fungi on this blue ball.When the universe differentiated in the big explosion of creative experience, it did not spread over a territory, there was no such thing as time and space and flow, or territory, for that matter, for there was not any matter. All was primeval undifferentiated stuff. All That Is “was” at that conceptual point All The Same.

The succeeding explosion was more likely a quantum fase shift. It was more accurately an immensely powerful rotation into parallel dimensions, than an explosive expansion into previously existing “empty space”, creating nonetheless the impression of Space and Time. All the emptiness is filled with fase shifted primeval Uni-matter. It is all there, emptiness being Uni-matter vibrating at slightly different resonant harmonic.
The main Multiversal stuff, the Oneself, is beingness, or consciousness. Consciousness is not energy, it is not even action, but the primary condition for action to happen. Causality.

Love is the essential feeling of being One. It is the ultimate truth of Multiversal experience; I am one with all that is Me.

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

O Som de Ondas nas Rochas

No topo de um penhasco de frente ao mar pode-se ouvir o ruído surdo de ondas que batem nas rochas. O mar aberto parece falar algo, parece convidar, parece saber muito e poder tudo. As ondas escorrem nas pedras, que aceitam os seus afagos. Não há quem não se sinta pequeno, não há quem não pare ao menos por um segundo para pensar na imensidão, no futuro promissor ou no passado enorme. Quem não pensa ao menos sente no gosto do sal e do bafo das ondas algo vital e eterno.

Meu desejo nesse momento é o de elevar minhas asas acima das montanhas que me cercam. Anseio pelo poder e liberdade de olhar horizontes mais largos, e fazer parte de um mundo maior. Quero largar a bagagem de meus temores e apegos e alçar aos céus e gritar do alto aquilo que vejo. Quero ser chamado de louco, e que todos vejam a bondade dessa loucura. Sinto-me intimidado diante desse mundo, rejeitado, assustado. Lutando por um espaço na estrada, por um lugar na fila, por um pedaço da carcaça. Rechaçado por macacos maiores e mais fortes, obrigado a caçar só e a defender minha prole e familia com recursos magros. Sinto também o desejo que esses brutos deixem de ser, que não pisem mais na grama e em todas as coisas boas da vida, e isso significa que eu também devo me desembrutecer, e que devo desembrutecer o mundo que me cerca. Cansei de sonhar represálias e vinganças, ou de me satisfazer pensando que algum dia esses encontrarão seus iguais, e finalmente deixarão de ser. Não assim, não assim... No meio disso o bruto também sou eu que não divido o meu pão da vida com o faminto e violento, com o miserável de esperança e de luz. Já foi dito tantas vezes de tantos modos, a fome que existe não é de pão, mas de espírito, em todas as formas que se configure. A dor que sentimos e causamos é a dor de não entendermos o quão ligados somos uns aos outros.

Por isso resolvi compartilhar o meu pão, que são as idéias que me vem à mente, os cenários que surgem em minha imaginação, as visões fugazes ou duradouras de um mundo melhor, as possibilidades de entendimento e transmutação para chegar ao melhor do que é Real. Isso tudo é parte de meu desejo, é o que me pede meu coração, a exigência disto é o despojamento do medo que sinto de explicar o mundo e a mim mesmo, como os entendo, para você. Isso é o meu pulo no abismo do rochedo, direto nesse mar enorme.

Se for algum tipo de Médium, só o tempo dirá, isso não é realmente importante. Na verdade todos somos Médiuns que canalizam a força milagrosa de nossas vidas em manifestações diversas de experiência e realidade. Todos recebemos a dádiva de uma energia que não é nossa, e minuto a minuto, livremente, a transformamos em ação e relação. A pequena diferença talvez venha do momento em que começamos a perceber que essa energia é tão viva e consciente quanto nós mesmos. Esse é o meu desafio no momento, viver e agir de acordo com o que creio e consigo conceber.

No alto daquelas rochas duma falésia de Búzios me veio a noção do quanto somos, enquanto humanidade, ainda apenas a promessa, a semente ou a larva do que está reservado para nós. E como larvas ou sementes que germinam o período a frente é um período de desafio e mutação para nossa espécie até que finalmente rompamos a casca. Algumas sementes só germinam após o incêndio, ou após serem lixadas pelo embate das ondas na praia, algumas larvas só aparecem renascidas após um longo inverno gelado, mas todas executaram o árduo trabalho de se modificarem e transformarem em algo novo e maravilhoso.

Somos ainda uma infestação de vida inconsciente (ou pré-consciente) a consumir os recursos do planeta – fome, alta taxa de reprodução, voracidade são nossos pecados. Construímos exoesqueletos de todos os tipos – carros, aviões, casas – é um talento natural. E enquanto sofremos mutações e o nosso próprio ambiente muda, nossa pele já não suporta mais os raios solares. Nosso destino parece ser alçar vôo desta esfera. Mas o Universo que parece nos chamar é um lugar ainda imensamente mais agressivo, inóspito e difícil de viver. Nós ainda não estamos preparados para pular no infinito.

Experimentamos cada vez mais o entendimento da Probabilidade, dos Potenciais Infinitos, mesmo enquanto vivemos a Historicidade das Escolhas Pontuais. Tecemos uma trama a partir de infinitos fios vindos do futuro, deixamos o tapete singular feito no tear de nossas escolhas a se desenrolar para o passado. Esse ainda é o ponto de vista humano.

Dizem que o Cosmos está num momento final de pulsação, e que o fluxo da respiração cósmica se reverterá, e com isso pólos se mudarão e o sentido do tempo irá se inverter. Significaria isto que o futuro se torna uma escolha singular, enquanto o passado se percebe tecido de milhares de fios potenciais entrelaçados? Talvez o que mude seja simplesmente o foco do self de individuo para “polividuo” ou “Unividuo”, todos parceiros dum destino criativo e integral. Talvez essa simples mudança perceptiva nos permitisse experienciar essa mudança da respiração cósmica, sem cataclismos ou crises destrutivas, ao aceitarmos a transformação num aspecto intimo e pessoal. Termos finalmente a consciência de que somos Deus, que Deus é o nosso rumo e direção, transforma toda a trama do passado em escolha divina, todas elas nossas escolhas, e o futuro numa coluna de fé e esperança, e não de dúvida e incerteza.

O tempo material, o construído, permanece. A Terra ainda gira no mesmo eixo, o dia ainda sucede a noite que sucede o dia...

Mas talvez por um momento nos sintamos suspensos no meio do ar. Talvez alguns não consigam cruzar essa serra elevada por sentirem-se melancólicos e apegados a alguma antiga definição de seus seres. Quero crer que seu “Poder” se encontrará vazio ao entrarmos nesse novo vale, que todas suas armas, mentiras e defesas não cruzarão o passo estreito. Quero crer que estaremos deixando a terra cinzenta e encontrando, no Futuro, uma terra de promessa.

Eventualmente por força de todas as pressões que sofreremos e dos recursos que dispomos nos tornaremos seres diferentes, por manipulação, escolha, e necessidade. É inevitável. O que escolheremos? Na decisão dos rumos morfológicos e comportamentais de nossa raça, responsabilidade agora deixada em nossas mãos, existe a necessidade do abandono do belicismo e das visões trágicas e culpadas de nossa origem e possível destino. Temos que nos projetar como besouros cascudos, aranhas venenosas, macacos libidinosos e famintos, ou podemos escolher rumos mais suaves, fraternos e prazerosos? Podemos nos imaginar um dia como seres com fusão interna, donos de imensa energia e que não precisam respirar na imensidão do espaço, que pulam de estrela a estrela admirando o cosmos? Qual é a possibilidade não entrópica, o potencial não cessante? Qual é o Infinito que nos chama?

Que me acusem de delírios, o que tento é dar formato às minhas necessidades íntimas sobre o mundo e o futuro, e oferecê-las como oração ao meu Universo. Sei que no final estou falando de mim mesmo e de minha ambição imediata para o meu Mundo. Um mundo aonde ache que vale a pena viver, aonde eu me encontre com você e sejamos um só em essência. Se minha voz nessa cacofonia ao menos aponta para som do Universo, fui abençoado. Se não, continuo trilhando o meu caminho a busca de me purificar o suficiente para ouvir claramente seu chamado no Som das Ondas de um Mar Eterno.

Guga