domingo, junho 19, 2011

Mais sedução menos destruição

Essa coisa de sedução é um enrosco, como é a homofobia. Não vou dizer que sou o bem resolvido nessa questão homo-hetero, honestamente, eu tenho minhas (muitas) dificuldades e dúvidas. Mas uma coisa me saltou na mente, e não dá pra evitar comentar. E o que saltou é como a questão da masculinidade a toda a prova só permite que um homem seduza (convença) outro homem através da violência... Seduzir é convencer, é mostrar suas razões, sentimentos, motivações, com a intenção de claro, fazer o outro “entrar na sua” ou ao menos acolhe-lo, aceita-lo, etc. Seduzir é permitir-se ser admirado, é divulgar seu mundo interno, e por que não dizer compartilhar.

Entretanto o que acontece, de macho pra macho, é só porrada, ao menos é um exagero de porrada. É tanta macheza que chega a ser homo sádica e o gozo é um cogumelo nuclear ou coisa parecida, e a criação é o arrazamento de tudo que é vivo... Curioso. Um bocado de Shiva, talvez um bocado demais.

Muitos já se debruçaram sobre esse assunto, é que eu acho engraçado de repente, entender do que eles estavam falando. Doida essa coisa, e por que? Por que surge competição corruptora da alma no lugar em que poderia existir admiração, apoio e aprendizado. Por que surge o desprezo pela sabedoria da idade e pela inocência da juventude naqueles que se movem rápidos e ágeis rumo a lugar nenhum? É engraçado como alguns se pavoneiam se enchendo de músculos, ou com um desses carros bully com essas grelhas de bocarra e cheios de parachoques e pneus.

Imagino que um Faraó no Egito fosse uma figura sedutora, tanto para mulheres como para homens. Por outro lado não creio que seja uma “era da mulher” algo a se desejar, como contraponto desse exagero de testosterona. Tipo assim, não quero maltrata-la, mas não quero me dissolver na Mãe Terra.

Confuso?

É assim, homem que não abraça homem, que não admira e até ama (a lá ágape ok?) homem, acaba por conseguir só convencer o outro (homem) na base do obus, do projétil, da espada. Não existirão flechadas mais nobres, que tocam mais fundo na alma do outro. O problema pode ser o feedback, o retorno sabe? Aquela coisa de tocar e ser tocado. Tanto que a guerra está se tornando remota, um verdadeiro terror clinico da perversão homosádica. Falar sem ouvir, vender sem comprar, vida sem música e sem dança. Só pisada no pé

É, só estou fazendo uma colagem, e não, não vou editar nadinha do que está aqui. Mas eu quero aprender a ouvir, pra não ficar desse jeito torto de ser de gênero degenerado, de gênio embrutecido. Falo como uma vagina. Grosseiro... ? Mas elas estão por ai sem voz, ou sem ouvidos, enquanto os caralhos estrupeiam, estuporam tudo. Não me entenda mal, caralhos são coisas de deus também, o que não é? Só que homens não são caralhos e mulheres não são vaginas, mesmo que sejam fortemente influenciados pelos supracitados órgãos e hormônios predominantes...

Como explicar, gentilmente, sem soar grosseiro, mas abrindo picadas nessa floresta de pentelhos pra entender esses chackras lá embaixo, e como se embolam, e como a coisa vira guerra e dominação.

É ao menos curioso, como a coisa toda dessa energia primitiva e natural vai se torcendo. Pode ser que os moldes que temos pra ela simplesmente não mais a contenham, e ela está rasgando as costuras dessa carne de zumbi mal costurada em cima da nossa luz verdadeira.

O que leva a pergunta, vamos sobreviver a nós mesmos? Tinha um filme outro dia, SKYLINE, tenebroso, em que a humanidade simplesmente sucumbia completamente a uma invasão alienígena. Acabava TODO MUNDO. Não tinha marines ou seals, nem um velho pracinha da FEB pra salvar o dia. O pau comeu solto e os homens, dançaram... no filme. Engraçado ver um desejo de morte tão graficamente explicita numa película, dizendo assim que tem uma hora que não dá, e aí? Claro que o Universo não deve ser tão cruel como aquilo que conseguimos imaginar para nós, ele me parece mais mellow e inclinado a promover a vida. Mas e se a gente pisar bastante na bola? Quem sabe a gente não aporrinha bastante o Kosmos e ele se cansa dessa humana bactéria auto importante?

Entenda-me bem! Não é isso que eu quero! Au contraire! Muito pelo avesso! Por que nosso certo é o torto, então o de dentro deve ser o de fora. Pra dizer um finalmente nessa colagem de deficiência de atenção.

Facebook, é fogo no cerrado, e parece indicar que essa é a era de Ágape, de amor de amizade. Quer amor mais fraterno do que o amor do amigo? Eu espero que ao poder compartilhar o que é o interno em cada um nessa nova pescaria com rede, a coisa vá encontrando um ritmo mais natural e a humanidade vá desistindo de realidade catástrofe em prol duma coisa mais bacana e divertida nesse planetinha MA-RA-VI-LHO-SO!